Diferentemente do campo da medicina, onde se examina uma causa original para o sintoma e, após descoberta, é prescrito um tratamento; para a psicanálise, a tal da origem do sintoma está essencialmente associada a nossa condição faltante de falante, porque estar inserido na linguagem é estar submetido a uma perda estrutural. Por aí pensamos o sintoma em um ponto incurável - o que freud cunhou por umbigo dos sonhos, ademais, rochedo da castração.
É sabido que o sintoma é compreendido como solução para um conflito, uma invenção encontrada pelo sujeito para se haver com essa falta estrutural e estruturante.
Mas se o sintoma é uma solução para um conflito, porque sofro com meu sintoma? Essa contradição nos põe a pensar a relação do sintoma com o inconsciente.
Freud comenta que o sintoma traz sofrimento para o consciente, contudo satisfação para o inconsciente.
E como o inconsciente é esse trabalhador incansável, trabalha até quando estamos dormindo (os coachs piram! Rsrs), é preciso saber escutar essa linguagem, pois o inconsciente vai trabalhar a partir dela e nela.
Falamos a partir do nosso sintoma.
💭 vindo do livro "entre sessões: psicanálise para além do divã"

Muito bom!